Parece brincadeira, mas a Brutale 910S, que no Brasil tem preço sugerido de R$ 78.900, é o modelo de entrada da lendária marca italiana MV Augusta. Equipada com motor de 909 cm3 que rende 139 cavalos de potência, cujo desenvolvimento contou com a cooperação da Ferrari, trata-se de uma verdadeira obra de arte sobre rodas.
Entender o significado de seu nome (brutal, em português), não requer muito tempo nem que o acelerador seja torcido ao extremo. O trem de força, que inclui câmbio de seis marchas, torna difícil a tarefa de manter a velocidade em níveis permitidos por lei. Bastam alguns segundos para que o velocímetro marque os 80 km/h - ainda em primeira marcha.
Ao girar a chave, enquanto o módulo faz a verificação do sistema eletrônico, o número que aparece na tela de cristal líquido indica 299 km/h. Porém, por se tratar de um modelo sem carenagem, ela não supera as esportivas "de verdade": 230 km/h foi a velocidade a que conseguimos levá-la. No trânsito urbano não há quem não olhe para a Brutale. A impressão é que todos os veículos vão abrindo passagem.
Com refrigeração líquida e injeção eletrônica, seu motor de quatro cilindros gera 9,8 mkgf a 8.000 rpm. A potência máxima surge às 11.000 rpm e o conta-giros marca até 15.000 rotações.
Na Brutale tudo remeta a grifes. As rodas de 17" feitas de alumínio forjado são da Brembo, o garfo telescópico invertido de 50 mm de diâmetro é da Marzocchi, as pinças do freio dianteiro são Nissin e o amortecedor traseiro é feito pela Sachs.
A concepção naked (nua, em inglês), com o motor e o quadro com tubos de treliça à mostra, caracteriza bem o visual da moto como moderno e "nervoso". Entretanto, ela é feita para quem curte pilotar de forma esportiva. Mesmo com guidom convencional, tem as pedaleiras bem recuadas e embreagem pesada. É preciso encaixar o corpo no tanque e deitar sobre ele para aumentar o controle durante a condução.
Projetada pelo designer italiano Massimo Tamburini, a Brutale surgiu como conceito em 2000.
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